Dylann Roof, o supremacista que executou o massacre em uma igreja da comunidade negra de Charleston, EUA, foi condenado à morte. O veredito foi anunciado após os jurados, que já o haviam considerado culpado, deliberarem por cerca de duas horas.
Roof afirmou no encerramento do julgamento, nesta terça-feira (10), que não se arrepende de nada que fez. "Ninguém me obrigou", disse Dylann Roof, falando em sua própria defesa no tribunal federal de Charleston, na Carolina do Sul.
O jovem de 22 anos recebeu sua sentença após ser considerado culpado em dezembro pelas 33 acusações que pesavam sobre ele, entre elas crime de ódio. No dia 15 de junho de 2015, ele disparou 77 tiros, depois de passar cerca de 40 minutos sentado ao lado de suas vítimas em uma leitura da Bíblia.
O advogado da Procuradoria, Jay Richardson, recordou ao tribunal que Roof "executou cruelmente pessoas que descreveu em seus escritos como meros animais selvagens".
"Sentenciem este acusado à morte, por matar Clementa Pinckney", disse, se referindo ao pastor da igreja. Depois repetiu a frase nomeando as outras oito vítimas.
Em sua defesa, Dylann disse que o ódio sentido contra ele pelas famílias das vítimas, pessoas em geral, e pelo procurador é similar ao sentimento que ele teve para com os fiéis. E acrescentou, em um discurso pouco coerente, que sua atitude foi um impulso natural.
"Acredito que possamos dizer que ninguém em sã consciência quer ir a uma igreja matar pessoas", afirmou. "O que digo é que ninguém que odeie alguém tem uma boa razão para fazer isso".
Mas, em contrapartida, tentou buscar a compaixão do júri para obter prisão perpétua ao invés da sentença de morte.
"Tenho o direito de pedir a vocês prisão perpétua, porém não sei de que forma isso serviria. Só um de vocês precisa estar em desacordo com o resto do júri".
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