As autoridades de saúde angolanas iniciaram uma vigilância epidemiológica no município do Cubal, província de Benguela, centro litoral do país, depois de detetados vários casos de cólera na povoação local. «Temos registado um surto de cólera aqui, vamos ver se enviamos as equipas para cá, para ver o que se está a passar e resolver este problema o mais rapidamente possível», disse à população o governador da província de Benguela, Isaac Maria dos Anjos, depois de ter passado quatro dias no Cubal.
A informação surge numa altura em que a norte de Angola, no município do Soyo, o surto de cólera que se iniciou há um mês já atingiu 119 pessoas, seis das quais acabaram por morrer, levando as autoridades de saúde a mobilizar médicos, técnicos de laboratórios e medicamentos para travar a sua propagação. No caso do Cubal, não foram ainda revelados o número de casos confirmados de cólera ou óbitos.
As autoridades lançaram um apelo à construção de latrinas pela população daquele município de Benguela e começaram a instalar tanques de água tratada para consumo humano.
Foi acionada uma equipa técnica intersectorial para garantir a vigilância epidemiológica e tentar travar a propagação do surto no Cubal.
Numa recente visita ao Soyo, para constatar o surto de cólera naquele município da província do Zaire, o ministro da Saúde, Luís Gomes Sambo, afirmou que aquele foco da doença «está para já contido», reconhecendo a necessidade de reforçar a assistência para impedir o alastramento.
«Uma das medidas para se controlar a doença passa também pela prevenção, isto é, as famílias devem reforçar as medidas de higiene pessoal e coletiva, bem como o saneamento do meio», afirmou, a 9 de janeiro, o ministro da Saúde. Em 2016, Angola passou por epidemias de febre-amarela e de malária.
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