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Celebra-se quarta-feira, 4 de Fevereiro, o 55º aniversário do início da Luta Armada de Libertação Nacional, data que constitui um marco indelével na história da resistência ao regime colonial-facista português, para o alcance da independência nacional.
Na madrugada de 4 de Fevereiro de 1961, um grupo de mulheres e homens, munidos de paus, catanas e outras armas brancas, atacou a casa de reclusão e a cadeia de São Paulo, em Luanda, para libertar presos políticos, ameaçados de morte.
Em resposta ao ataque, o regime colonial-fascista reagiu brutalmente com uma acção de repressão em todo o país, com assassinatos, torturas e detenções arbitrárias.
Essas prisões e assassinato de várias pessoas indefesas levou alguns nacionalistas a organizarem-se para a luta de libertação.
Os preparativos da acção tiveram início em 1958, em Luanda, com a criação de dois grupos clandestinos, um abrangendo os subúrbios e outro a zona urbana, coordenados por Paiva Domingos da Silva, Imperial Santana, Virgílio Sotto Mayor e Neves Bendinha (já falecidos).
A acção inseriu-se também nos anseios da população e na necessidade de se passar a formas de luta que correspondessem à rigidez da administração colonial. Para tal valeu a colaboração do cónego Manuel das Neves e outros combatentes.
O papel do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) na preparação e organização da “acção directa” já constava do anúncio feito pelo seu Comité Director na conferência de Londres de Dezembro de 1960.
O 4 de Fevereiro de 1961 é considerado um marco importante da luta africana contra o colonialismo, numa tradição de resistência contra a ocupação que vinha desde os povos de Kassanje, do Ndongo e do Planalto Central.
Os primeiros relatos de realce de resistência à ocupação colonial datam dos séculos XVI e XVII (1559-1600 e 1625-1656), conduzidos por Ngola Kiluanje e Njinga Mbandi, esta soberana do Ndongo.
Os acontecimentos de Fevereiro de 1961 traduziram-se assim numa sublime expressão de nacionalismo, demonstrada pelos angolanos.
Ao assinalar-se o 54º aniversário do início da Luta Armada de Libertação Nacional, os angolanos devem reiterar a firme disposição de continuar fiel aos ideais do 4 de Fevereiro, lutando pela reconstrução do país e reconciliação entre os angolanos.
Este ano, o acto central das comemorações da data decorre na província de Malanje.
As celebrações decorrem no país com actividades culturais e recreativas, destacando-se encontros, palestras e seminários, com o objectivo de destacar o exemplo do 4 de Fevereiro para as novas gerações.
Recordar a importância da data, sensibilizar a sociedade para o seu empenho activo nas tarefas que visam a consolidação da paz, a reconciliação nacional e a reconstrução do país, em todas as suas vertentes, constam igualmente dos objectivos da celebração da data.
Recordar a importância da data, sensibilizar a sociedade para o seu empenho activo nas tarefas que visam a consolidação da paz, a reconciliação nacional e a reconstrução do país, em todas as suas vertentes, constam igualmente dos objectivos da celebração da data.