Trump silencia ex-atriz porno

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Ordem judicial proíbe Stormy Daniels de falar da relação

 A Casa Branca anunciou esta quinta-feira que o presidente Donald Trump conseguiu em fevereiro uma ordem de restrição contra a ex-atriz pornográfica Stormy Daniels que a proíbe de revelar "informação confidencial" sobre uma alegada relação entre ambos. Esta revelação surge um dia depois de Daniels processar Trump para anular o acordo de silêncio assinado em 2016 e poder "contar a verdade sobre o que aconteceu", como explicou o advogado Michael Avenatti. A ex-atriz teve um affair com o magnata entre 2006 e 2007, e o seu advogado alega que o acordo de confidencialidade firmado em outubro de 2016, pouco antes das presidenciais, não foi assinado por Trump, pelo que é inválido. "O presidente respondeu e deixou claro que nada disto é verdade. O caso já foi ganho em tribunal arbitral", afirmou Huckabee Sanders, secretária de Imprensa da Casa Branca, aludindo à ordem de restrição.

Advogado de Trump pagou a estrela porno
Michael Cohen negou o pagamento em janeiro. Agora admite ter dado 104 mil euros à atriz.

Um advogado e conselheiro pessoal de Donald Trump deu esta quarta-feira o dito por não dito e admitiu ter pagado mais de 100 mil euros à atriz pornográfica Stormy Daniels em 2016, pouco antes da eleição do magnata como presidente dos EUA. Michael Cohen assegura que o dinheiro saiu do seu bolso, mas recusou dizer qual o motivo do pagamento, não confirmando se visou comprar o silêncio da atriz sobre a relação que terá mantido com Trump entre 2006 e 2007. "Nem a organização Trump nem a campanha presidencial dele foram parte desta transação com a srª Clifford [Stephanie Clifford é o verdadeiro nome de Stormy] e ninguém me reembolsou pelo pagamento", afirmou Cohen. O advogado frisou ainda que "o pagamento foi legal" e não violou as regras de financiamento de campanhas eleitorais. "Não foi um contributo nem uma despesa de campanha", frisou. Esta declaração do advogado, feita em comunicado ao ‘The New York Times’, contradiz o que disse em janeiro, quando a história do alegado pagamento veio a público no ‘The Wall Street Journal’. Esse jornal financeiro lembrou a entrevista que Stormy deu em 2011 à revista ‘In Touch’, na qual garantiu ter mantido um ‘affair’ com Trump. O picante adicional dessa relação é que teria começado cerca de um ano após o casamento de Trump com a atual mulher, Melania, e somente meses após o nascimento de Barron, o filho de ambos. O ‘The Wall Street Journal’ referiu ainda um pagamento de cerca de 104 mil euros, feito por Cohen em 2016 para garantir o silêncio da atriz, numa altura em que Trump estava à beira de ser eleito presidente. Na altura, Cohen reagiu a essas notícias desmentindo o pagamento e divulgou um comunicado, assinado por ele e por Stormy, no qual ela também desmentia a relação.