O Procurador-Geral da República de Angola admitiu hoje ter sido um erro divulgar o nome do Chefe de Estado-Maior das Forças Armadas Angolanas, constituído arguido, sem ter sido antes notificado.
Hélder Pitta Grós reconheceu que "não foi correcto" que o general Geraldo Sachipendo Nunda tenha tomado conhecimento de que foi constituído arguido através da imprensa.
Pitta Grós disse aos jornalistas nesta quarta-feira, 28, em Luanda, no entanto, que o antigo director da Agência para a Promoção do Investimento e Exportação (APIEX), Belarmino Van-Dúnem, não deve estar preocupado pela divulgação do seu nome, porque há muito sabia que é arguido no processo.
Em entrevista à VOA na terça-feira, 27, Van-Dúnem lamentou que a PGR tenha divulgado o seu nome quando ele está há muito a colaborar com a instituição e disse não ter nada a temer.
Quanto ao anúncio feito pelo sub-procurador Luís Benza Zanga, na segunda-feira, 26, de que o general Sachipengo Nunda foi constituído arguido no processo-crime sobre uma suposta tentativa de burla ao Estado angolano no valor de 50 mil milhões de dólares, de um financiamento tailandês para investimentos no país, Hélder Pitta Grós reconheceu a falha.
"Nós devíamos tê-lo feito no local próprio, no sítio certo, mas, como disse, há falhas, nós somos seres humanos, estamos agora numa nova situação e estamos todos a aprender. Hoje tropeçamos, mas o importante é que cada vez que tropeçamos conseguimos levantar e caminhar", disse o PGR.
Entretanto, ele lembrou que “não há que ficar preocupado quando alguém é constituído como arguido, mas agora quando for réu aí sim poderá preocupar-se, já que vai estar em fase de julgamento”.
Questionado sobre o facto de, em comunicado, o antigo presidente do Fundo Soberano, José Filomeno dos Santos, ter revelado na terça-feira, 27, que soube de que estava impedido de sair do país pela imprensa, Hélder Pitta Grós refutou o posicionamento do filho do antigo Presidente da República, José Eduardo dos Santos.
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