De acordo com a administração da TCUL, actualmente a empresa tem mais 1 800 trabalhadores que aqueles que precisa para funcionar com uma frota ideal de cerca de 250 autocarros, embora actualmente apenas circulem cerca de 70 e, pelo menos, duas dezenas destes ao serviço das ligações interprovinciais.
Esta constatação foi tornada pública durante um encontro de trabalho dedicado ao Plano Director Nacional do0s Transportes no país, que teve lugar em Luanda.
O presidente do Conselho de Administração da TCUL, Abel Cosme, nesse mesmo "workshop", sublinhou ser essencial realizar um saneamento da empresa.
"Há excesso de pessoal e vamos ter de fazer o saneamento da empresa através de um diagnóstico do quadro actual para definir com precisão a mão-de-obra exigida, avaliar para que o Estado possa gerir o excedente de pessoal", sublinhou o administrador da TCUL.
Um dos grandes problemas com que se batem as empresas de transportes públicos rodoviários é, desde há muito tempo, a condição degradada da maioria das estradas por onde circulam os seus veículos e a TCUL não é excepção, como Abel Cosme sublinhou.
As alterações em curso desde que a nova administração liderada por Cosme entrou em funções, há cerca de três meses, têm como objectivo retirar a empresa de uma pesada e difícil condição financeira, com períodos longos de salários em atraso e centenas de autocarros parados por avarias passiveis de reparações em condições normais.
Mas, sobre esta realidade, com centenas de autocarros com pouco tempo de circulação parados de forma inexplicável, o PCA da TCUL disse que a maior parte deles está amortizada, o que significa que já se pagou apesar de não estar a ser usada ao serviço do público.
"Quase todos têm mais de oito anos e já foram já amortizados e agora temos de avaliar aqueles que são para recuperar e os que são para alienar", disse, explicando que isso depende dos custos envolvidos com as eventuais reparações.
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