Impressões digitais de Anis Amri foram encontradas em caminhão, diz imprensa alemã. Feira foi natalina foi reaberta nesta quinta-feira.
A Polícia intensificou nesta quinta-feira (22) as buscas pelo suspeito de atacar uma feira natalina de Berlim, na Alemanha. A polícia invadiu casas na cidade de Dortmund, mas promotores negaram relatos de prisões relacionadas com o tunisiano Anis Amri, que estaria conduzindo o caminhão que atropelou a multidão de visitantes na segunda-feira (19), segundo a BBC.
A imprensa alemã afirmou que impressões digitais de Anis Amr, de 24 anos, foram encontradas na porta do caminhão, segundo a Reuters.
A Associated Press afirmou que o tunisiano estava sob investigação desde 14 de março, por ser considerado uma ameaça - ele estaria tentando comprar armas automáticas para usar no ataque. Ele já havia sido acusado de envolvimento com tráfico de drogas e de participar de uma briga em um bar. Mas como não havia provas, a vigilância foi suspensa em setembro.
Segundo a CNN, ele já havia sido preso em agosto, no sul da Alemanha, quando viajava para a Itália, por portar documentos falsificados. Na ocasião, ele foi liberado por um juiz.
Ele esteve em contato com a rede de um importante ideólogo islâmico conhecido como Abu Walaa, recentemente preso por provável ligação com o Estado Islâmico, de acordo com a revista Sueddeutsche Zeitung.
Documento no caminhão
A polícia começou a procurar o tunisiano após encontrar autorização de residência provisória do suspeito sob o banco do caminhão que atropelou a multidão.
A Alemanha ofereceu, na quarta, uma recompensa de até 100 mil euros (equivalente a cerca de R$ 350 mil), para quem tiver pistas sobre o suspeito.
Na manhã desta quinta, o jornal alemão “Bild” chegou a informar que outras quatro pessoas foram presas. No entanto, o Ministério Público Federal negou as informações. Logo após o incidente, um paquistanês foi detido e liberado no dia seguinte já que a polícia não encontrou evidências relações com o atentado. Na quarta-feira, um outro suspeito chegou a ser detido e liberado.
A caçada internacional ao principal suspeito no ataque gerou questionamentos e a ira da opinião pública na Alemanha, segundo a Deutsche Welle. Muitas pessoas se perguntam como foi possível Anis Amri evitar a prisão e a deportação, embora estivesse no radar das agências de segurança da Alemanha.
Reabertura da feira
A feira natalina, que fica aos pés das ruínas da igreja Kaiser Wilhelm, no ponto central da Breitscheid, reabriu nesta quinta com o policiamento reforçado. A polícia instalou barreiras de concreto para evitar novos ataques semelhantes. Doze pessoas morreram e 48 ficaram feridas na noite de segunda-feira.
Vítima israelense identificada
O Ministério do Exterior de Israel confirmou nesta quinta-feira que a mulher israelense que estava desaparecida em Berlim foi identificada como uma das vítimas, segundo a Deutsche Welle.
Dalia Elyakim estava visitando a capital alemã com o marido, Rami. Ele ficou gravemente ferido no ataque e continua hospitalizado, mas, segundo o portal de notícias ynet, não corre mais risco de morrer.
A outra vítima estrangeira foi o motorista polonês Lukasz Robert Urban cujo caminhão foi sequestrado para a realização do atentado. Ele foi encontrado na cabine do veículo com marcas de facadas e tiros de arma de fogo.
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