A reportagem do Jornal de Angola passou por alguns hotéis da capital e registou uma disparidade de preços vão de 8.900 kwanzas por pessoa a 50.000 kwanzas, conforme a categoria do hotel e a variedade dos pratos . O hotel Epic Sana, de cinco estrelas, apresenta algumas opções para as famílias, empresas e colaboradores, oferecendo almoço, jantar, um cocktail e a festa da passagem de ano.
A oferta é para diferentes espaços onde a família se pode reunir, passando um natal sem preocupações com os preparativos. Os serviços vão desde refeições e produtos de pastelarias, música ao vivo, actividades para as crianças que beneficiam de presentes, assim como a experiência de uma massagem no Sayana SPA, um jantar ou almoço, ou um workshop de pizzas ou massas, ao preço de 18.000 kwanzas por pessoa.
O hotel Diamante também tem preparados menus especiais para três opções denominadas “Natal Diamante, Natal Ouro e o Natal Prata”. Valter Contreiras, chefe de eventos garante que os clientes têm no menu as entradas, buffets quentes, acompanhados de sobremesa. O preço do menu prata custa 16.000 kwanzas por pessoa , o menu ouro 25.000 e o diamante 30.000 kwanzas por pessoa. Os três buffets incluem o espaço, o Dj e as bebidas.
No hotel Trópico, prepara-se o serviço especial que vai ser servido ao sábado, domingo, dia 25 de Dezembro. O serviço é constituído por vários pratos quentes e frios, com o preço a variar entre 8.900 kwanzas e 12.000 kwanzas por pessoa e não inclui bebidas. Os menus são para grupos mínimos de dez pessoas. Nos estabelecimentos comerciais , os enfeites e as decorações da época natalícia já anunciam os diferentes tipos de cabazes e outros produtos necessários para a quadra festiva.
Comprar o necessário
As lojas encontram-se sobrelotadas, numa altura em que os clientes procuram o necessário, devido à escassez de liquidez. As compras de carrinhos supercheios já não fazem parte do cenário. Alberto João consumidor que encontramos no super mercado do Jumbo, confessou que o momento exige muitos cálculos.
“Estou a fazer muita matemática, para que com o valor que trouxe tentar comprar as coisas essenciais, como o bacalhau, a batata rena, o azeite doce, azeitonas, grão de bico, a farinha de trigo, o açúcar, fermento, ovos e a margarina”, ressaltou. Para Alberto João, os mimos do Natal este ano estão fora de questão. “Não há bolso para caprichar. As compras são apenas para produtos essencias”, referiu Espírito de poupança e de moderar o capital sensibiliza a maioria dos consumidores. Tal é o caso de Marta Agostinho, cliente do supermercado Shoprite, e Antonina Mariquinha Adão, do mercado de São Paulo, cujas opinião convergem no facto de gastarem menos para enfrentar o mês de Janeiro.
Marta Agostinho afastou a possibilidade de haver cabaz neste Natal, mas “estou a preparar o 25 de Dezembro dentro do possível”. Se antes comprava todos os mimos e prendas para os filhos, netos e afilhados, hoje as compras estão reduzidas para metade em relação ao ano passado. O cabaz limita-se ao bacalhau, aos ovos, manteiga, batata rena, açúcar, óleo alimentar, a batata rena, farinha de trigo e ao leite.
“Para adquirir os produtos que, no supermercado, não estão ao alcance do meu bolso, vou recorrer aos mercados do Katinton e do Quilómetro Trinta. Lá tudo saí mais em conta”, disse. O saco de três quilogramas de batata na Shoprite está a custar 1300 kwanzas, mas, no supermercado Nosso Super, a mesma quantidade custa 1500 kwanazs, no mercado do São Paulo 2. 200.00 kwanzas.
O bacalhau, por ser importado, está escasso. No mercado do São Paulo encontramos uma única senhora, Mariquinha Adão, a vender uma tábua a 8.000 kwanzas. A corvina preta está a ser vendida a 3.500 kwanzas e a corvina branca a 2.500 kwanzas. No supermercados Kero, existe alternativa. Os clientes podem adquirir 800 quilogramas de corvina a 3.672 kwanzas.
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