Kinshasa tornou-se cidade morta por causa de dias tensão política na véspera do término do mandato do presidente Joseph Kabila, a quem a oposição contesta a sua vontade de permanecer no poder enquanto espera pelo seu sucessor.
A cerca de 08h00 (07h00 GMT - 08h00 de Angola), a mega cidade de 10 milhões de habitantes acordou silenciosa, patrulhada pela polícia e pela guarda republicana, noticia a AFP.
Segundo a mesma fonte, as avenidas estão vazias com a circulação, quase inexistente.
Acrescenta que o barulho do fundo habitual da capital da República Democrática do Congo (RDC), acostumada a violência política desapareceu.
No norte e no leste da capital, militares e agentes da polícia são mais numerosos do que transeuntes, enquanto os transportes colectivos funcionam a conta-gotas.
Várias empresas aconselharam os seus trabalhadores a não comparecer ao serviço e nem os estudantes aparecem nas ruas, quando ainda há aulas para estudantes das escolas secundárias.
Na praça Victoire (Vitória), emblemático coração da cidade, maioria das lojas estão encerradas, enquanto na esquina está estacionado um blindado da polícia anti-motim.
Sábado a noite, os bispos católicos da Conferência Episcopal Nacional do Congo anunciaram a suspensão da sua mediação, com vista a permitir uma saída pacífica da crise política que assola o país, desde a reeleição contestada de Kabila em 2011.
O presidente Kabila está no poder desde 2001, e a Constituição interdita-o de se candidatar outra vez. Os seus detractores acusam-no de ter feito tudo para impedir o processo eleitoral e de querer manter-se no poder.
As negociações sob a égide dos bispos destinam-se a permitir a instauração de um período de transição política associando o poder e a oposição até a eleição de um novo presidente.
No entanto, não se avançou em nenhum ponto neste contencioso que se opõem os mais importantes partidos políticos do país estando prevista a retomada dos trabalhos para quarta-feira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário