Único militar do grupo dos 17 diz que depende da esposa para sobreviver depois de ter sido impedido de trabalhar e estudar.
O militar Osvaldo Caholo, que integra o grupo dos 17 activistas angolanos condenados em Março passado por tentativa de golpe de Estado e a associação de malfeitores, queixa-se de perseguição, mesmo depois de ter sido amnistiado pelo Tribunal Supremo.
Caholo foi passado compulsivamente à reserva sem remuneração, demitido da universidade em que era professor assistente em relações internacionais e expulso do curso de inglês que frequentava.
Osvaldo Caholo diz que pretende apenas viver a sua vida sem sobressaltos, mas não o deixam.
O activista quer prosseguir os seus estudos mas lamenta que os serviços de inteligência e a segurança do Estado não o permitam.
Depois de ter sido posto em liberdade, Osvaldo Caholo perdeu a oportunidade de continuar a leccionar na Universidade Técnica de Angola, onde era professor assistente.
“A universidade não renovou o contrato, por ordens superiores”, revela o militar que foi passado compulsivamente à reserva sem qualquer remuneração.
Caholo assegurou que em Abril de 2015 tinha sido convidado para adido militar adjunto, convite declinado pelo próprio, pouco tempo antes de ser detido.
Após sair da cadeia, o antigo militar inscreveu-se num curso de inglês na Luanda Comunication Center, mas, depois muita pressão externa, a instituição acabou por expulsá-lo em Outubro passado.
Além de ter sido tenente da Força Aérea angolana, Osvaldo Caholo é licenciado em Relações Internacionais.
Hoje diz que mal consegue respirar de tanta perseguição e depende da esposa para sobreviver
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