A cantora Ary, com a música "Papá fugiu" é a artista apontada pelo público da cidade de Ndalatado, capital da província do Cuanza Norte, como a provável vencedora da 35ª edição do concurso musical Top dos Mais Queridos, que acontece, sexta-feira, nesta urbe.
Durante uma ronda efectuada hoje, quinta-feira, pela Agencia de Noticia Angola , em Ndalatando, a propósito da realização do evento, os ouvintes da Rádio Nacional de Angola (RNA), promotora do concurso, disseram, na sua maioria, ter preferência pelo tema "Papá fugiu", interpretado pela cantora Ary e participação de Baló Januário, dada a sua mensagem positiva.
Além da boa interpretação da cantora, referiram que a música possui conteúdo que desencoraja a fuga à paternidade e outras práticas de violência doméstica. Outros cantores também apontados pelos ouvintes como favorito ao galardão foram o artista Cef, com a música “Atrofiar”, e o malogrado Bangão, com a faixa "Kalumba Seleka", por ser um artista que muito contribuiu para o desenvolvimento da música angolana, em particular o semba.
O cidadão Rosa Banvo, negociante de 20 anos de idade, justificou ter preferência pela música de Ary por transmitir mensagens socialmente úteis e que desencorajam a prática da violência doméstica.
Admitiu ainda que aprecia o estilo "peculiar" da cantora actuar. “Ela merece ganhar, é uma boa artista e a música Papá fugiu está na moda”, frisou. Por seu turno, Maria Ricardo, estudante de 27 anos de idade, considerou Ary uma digna representante da mulher angolana pelas suas boas interpretações e ser uma pessoa humilde, talentosa e batalhadora.
As músicas da Ary, ressaltou, trazem à tona realidades sociais e factos do quotidiano. Já Inocêncio Dala, estudante de 30 anos de idade, prevê uma competição muito renhida por estar recheada de concorrentes de muita qualidade, que apresentam trabalhos notáveis.
Por seu turno, Santos Aragão elegeu Cef com o provável vencedor do concurso devido o conteúdo da música "Atrofiar" e a forma particular como o cantor interpreta as suas canções.
O concurso é promovido pela RNA, desde 1982, tendo registado um interregno de oito anos (1992 a 2000) devido ao recrudescimento do conflito armado pós-eleitoral, que terminou em 2002 com a assinatura dos Acordos de Paz, a 4 de Abril.
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