Um juiz californiano aprovou na sexta-feira um acordo judicial entre Donald Trump e antigos estudantes da agora defunta universidade homónima, que a acusaram de fraude, no montante de 25 milhões de dólares (23,4 milhões de euros).
A decisão do juiz Gonzalo Curiel, vista pela agência noticiosa AFP, encerra três processos judiciais relacionados com a Universidade Trump, envolvendo quatro mil queixosos.
Duas ações foram lançadas na Califórnia em 2010 por antigos estudantes, que reclamaram que tinham sido enganados por publicidade falsa, e uma terceira pelo procurador-geral do Estado de Nova Iorque, Eric Schneiderman, em 2013.
Os estudantes pagaram 35 mil dólares (32,8 mil dólares) para se inscreverem na Universidade Trump, que funcionou entre 2005 e 2011, acreditando erradamente que iriam ter excecionais desempenhos de mercado no imobiliário depois de serem ensinados por peritos escolhidos cuidadosamente entre os magnates do imobiliário de Manhattan.
Ao fim de meses de insistir que estava pronto para ir a tribunal estabelecer a sua inocência, Trump mudou de posição depois da eleição presidencial de novembro e concordou em pagar indemnizações para evitar o embaraço de mais disputas judiciais.
Schneiderman afirmou, em comunicado, que o acordo de sexta-feira "vai dar alívio às vítimas da fraudulenta universidade de Donald Trump".
Schneiderman adiantou que as vítimas "esperaram anos pela compensação, enquanto Trump recusou qualquer acordo e combateu todos os procedimentos -- até à sua espantosa reversão no passado Outono".
Do montante envolvido no acordo, 21 milhões destinam-se a reembolsar os queixosos na Califórnia e o restante vão para o procurador nova-iorquino reembolsar outros queixosos.
Curiel foi criticado durante a campanha eleitoral para as presidenciais dos EUA por Trump, que acusou o juiz, natural do Estado do Indiana, de ser incapaz de ser imparcial por causa da sua ascendência mexicana, o que suscitou na altura várias manifestações de ultraje
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