A Rússia reafirmou hoje o seu apoio às operações militares lideradas pelo regime sírio, um dia depois do ataque com armas químicas, que a França e o Reino Unido atribuem às forças armadas da Síria.
"A Rússia e as suas forças armadas continuam as suas operações de apoio a operações de contra-terrorismo conduzida pelo exército da República Síria para a libertação do seu país", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.
Depois de um ataque a uma aldeia no noroeste da Síria, Khan Cheikhoun, que matou 72 pessoas, incluindo 20 crianças, e dezenas de feridos, o Conselho de Segurança agendou uma reunião de emergência para hoje, em Nova Iorque.
"A Rússia vai apresentar de maneira fundamentada dados que já foram mencionados pelo nosso Ministério da Defesa", acrescentou o porta-voz, referindo-se ao ataque que o Exército sírio diz ter feito a "um grande armazém terrorista" que continha "uma oficina de fabrico de bombas com substâncias tóxicas".
O Governo de Damasco e a oposição culparam-se mutuamente pelo ataque à localidade na província de Idleb, uma região controlada maioritariamente pelos rebeldes e fações islâmicas.
Segundo a proteção civil síria, que presta serviços de resgate em áreas fora de controlo das forças governamentais, o ataque expôs cerca de 300 pessoas a substâncias químicas.
Os feridos apresentavam sintomas de asfixia, vómitos, espasmos e alguns espumavam da boca, segundo estas fontes.
Khan Cheikhoun tem cerca de 75 mil habitantes, muitos dos quais deslocados da província de Hama, e está sob controlo do Exército Livre Sírio, de acordo com dados disponibilizados à agência Efe pelo diretor do Centro de Informação de Idleb, da oposição, Obeida Fadel.
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