A ‘guerra de palavras’ entre russos e norte-americanos sobe de tom.
Vladimir Putin diz que Moscovo tem informações sobre um ataque aéreo que terá sido planeado pelos EUA a Damasco, capital da Síria. O tal ataque envolveria armas químicas e a atribuição de culpas a Washington, pelo que escreve o britânico Independent.
As alegações do líder russo surgem em conferência de imprensa esta terça-feira.
Putin comparou igualmente o ataque norte-americano a uma base aérea síria aos argumentos usados de 2003, de que o Iraque teria armas de destruição em massa (algo que nunca foi comprovado e que na altura serviu de argumento para a invadir o Iraque e depor Saddam Hussein.
Segundo o que revelou fonte de Washington próxima do processo à Associated Press, uma investigação norte-americana conclui que a Rússia sabia da intenção da síria de levar a cabo um ataque recorrendo a armas químicas.
Saliente-se que Idlib foi palco de um ataque que tem valido condenação internacional. Nesse ataque, terão sido usadas armas químicas.
Como retaliação, e no que foi visto como uma tomada de posição nova por parte de Donald Trump e dos EUA, a base aérea de onde terão partido os aviões que levaram a cabo o ataque a Idlib foi bombardeada.
Os EUA avisaram a Rússia da iminência do ataque à base aérea, mas a Rússia, que tem dado apoio, nomeadamente aéreo, às tropas fiéis ao regime de Bashar Al-Assad, admitiu na sequência do caso que as relações entre Washington e Moscovo tinham piorado, vivendo agora a pior fase desde a Guerra Fria.
Entretanto, a guerra na Síria está no seu sexto ano. Hoje mesmo Rex Tillerson, secretário de Estado dos EUA, é esperado em Moscovo onde irá reunir com o ministro dos negócios estrangeiros russo, Sergey Lavrov.
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