Segundo o administrador municipal de Viana, Jeremias Dumbu, a operação arrancou esta semana e visa desencorajar os camionistas que distribuem água contaminada à população.
"Os camionistas dão água à população, água não potável. Aqui no município temos o pantanal, onde muito desses camiões têm as motobombas, e tiram água para vender às populações", referiu o responsável.
Jeremias Dumbu disse que além de desactivarem as motobombas, a administração vai também indicar o local certo para a captação de água potável e distribuição à população. "Nesse momento temos uma comissão multissectorial que está a trabalhar no sentido de desactivar todas essas motobombas que estão ali a puxar água para contaminar e trazer doenças às nossas populações", salientou.
Por sua vez, o director dos serviços comunitários da administração de Viana, Fernando Benje, informou que a administração municipal de Viana neste momento tem 12 camiões cisternas, dos quais seis se encontram operacionais e outros seis em manutenção.
"Com os seis temos vindo a auxiliar na distribuição de água aos hospitais, escolas, assim como povoações carentes onde a água ainda não chega", salientou.
O país enfrentou no início do ano uma epidemia de cólera, que afectou 150 pessoas nas províncias de Luanda, Cabinda e Zaire, provocando uma dezena de mortos, de acordo com dados oficiais fornecidos até Janeiro.
Para tentar travar a propagação da doença, o Governo aprovou um plano, que orienta o tratamento da água potável, o reforço da recolha do lixo, a informação e educação das comunidades, formação de pessoas, a organização e mobilização de serviços clínicos, bem como o aprovisionamento de meios médicos e medicamentos e a biossegurança nas unidades sanitárias.
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