Presidente eleito dos EUA prometeu acabar com grupos radicais islâmicos.
Boko Haram já matou milhares de pessoas na região do Lago Chade.
O grupo terrorista nigeriano Boko Haram advertiu nesta segunda-feira o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que "a guerra apenas acaba de começar" e que seus parceiros do Estado Islâmico (EI) não cederão em sua jihad (guerra santa).
"Permanecemos firmes em nossa fé e não nos deteremos", assegurou o líder do Boko Haram, Abubakar Shekau, em mensagem de vídeo divulgada pela imprensa local na qual pede aos demais grupos jihadistas que não se sintam assustados pelo presidente eleito e pela guerra que os Estados Unidos lideram contra o EI em países como Iraque e Síria.
A mensagem, segundo interpretou a imprensa local, pretende responder à promessa de Trump, durante a campanha eleitoral, de que acabará com os grupos terroristas islâmicos.
Abubakar Shekau anunciou no ano passado a adesão formal do grupo nigeriano ao EI e jurou lealdade a seu líder, Abu Bakr al-Baghdadi.
Apesar de ter perdido para o exército nigeriano boa parte dos territórios que controlava, o Boko Haram, que luta para impor um Estado islâmico no norte do país, segue cometendo atentados na Nigéria e em nações vizinhas.
Desde 2015, o Boko Haram ampliou sua área de operações ao lago Chade, região difícil de controlar pela porosidade das fronteiras entre Nigéria, Camarões, Chade e Níger, onde cometeu dezenas de atentados suicidas.
Nos mais de seis anos que dura o conflito, o grupo terrorista assassinou mais de 12.000 pessoas de acordo com estimativas governamentais - número que outras fontes elevam a mais que o dobro - e obrigaram mais de 2,5 milhões de oradores a fugir de suas casas. EFE
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