A greve tem origem num caderno reivindicativo que os professores dizem que está há há cinco anos por cumprir. Paralisação termina no dia 27 de abril.
Os professores angolanos começam esta segunda-feira a cumprir o primeiro de 15 dias de greve no ensino geral, paralisação que tem na origem um caderno reivindicativo que, defendem, está há cinco anos por cumprir. A greve, que se prolongará até 27 deste mês, foi convocada pelo Sindicato Nacional de Professores (SINPROF) angolano, constituindo a “terceira fase” de uma paralisação que foi suspensa há cerca de um ano, altura em que o Ministério da Educação de Angola prometeu dar solução às reclamações dos docentes.
“Volvidos cinco anos [desde 2013], os professores não encontraram outra forma senão recorrer a um dispositivo constitucional”, numa referência ao direito à greve, disse na semana passada o presidente do SINPROF, Guilherme Silva. A intenção dos professores, acrescentou, é demonstrar a “insatisfação” pela não aprovação do novo Estatuto da Carreira Docente, bem como rejeitar a estratégia do Ministério da Educação de priorizar o concurso público de admissão de novos professores em detrimento da atualização de categoria dos professores em serviço.
Na ocasião, Guilherme Silva pediu aos professores que “não se deixem enganar” pelos apelos feitos por dois outros sindicatos, que já se demarcaram desta greve, por considerarem que “há da parte do Governo boa vontade na resolução dos problemas da classe”. O sindicalista disse que os professores vão avançar para a greve, não porque não são patriotas, mas porque entendem que “não há vontade política e sensibilidade da parte do Executivo em solucionar os problemas que se arrastam há muitos anos”.
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