terça-feira, 30 de agosto de 2016

Bilionários têm menos de 33 roupas. Você não é o que veste

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Tem muita gente de classe média que lota o guarda-roupa e gasta rios de dinheiro com peças de grife, baseado na velha máxima consumista “você é o que veste”.
O curioso é que alguns dos homens e mulheres mais ricos do mundo fazem exatamente o oposto. Eles usam no máximo 33 roupas a cada tres meses.
São figurões adeptos do Projeto 333, como Joshua Becker (foto abaixo), autor do livro The More of Less (“O mais do menos”, em tradução literal),
“Esta é a quantidade de roupas perfeita para mim”, afirma ele, que mora em Peoria, no Arizona (EUA), e possui apenas cerca de 30 itens no armário. “É uma decisão a menos para tomar no meu dia.”
Alguns dos executivos mais bem-sucedidos do mundo também são adeptos do “capsule wardrobe” (algo como “guarda-roupa comprimido”).
Inspirados por autores e blogueiros como Becker, muitos consumidores estão ávidos por simplificar suas vidas ao descartar aquilo de que não precisam.
Vários começam por seus guarda-roupas, abrindo mão das tendências de moda em favor de uma pequena coleção de itens essenciais de alta qualidade.
Repare
Hoje em dia, Mark Zuckerberg (foto no alto) o todo-poderoso do Facebook, e o estilista Karl Lagerfeld, o todo-poderoso da Chanel, são vistos usando roupas parecidas todos os dias.
O presidente americano, Barack Obama, só veste ternos azuis ou cinza.
E é quase impossível pensar em Steve Jobs, o falecido fundador da Apple, sem suas blusas pretas de gola alta.
“Eu realmente quero livrar a minha vida, para que possa tomar o mínimo possível de decisões sobre tudo que não for como melhor servir a comunidade”, disse Zuckerberg em entrevistas passadas.
“É uma maneira de aprender o que realmente significa a palavra ‘suficiente’.”, diz Courtney Carver, ex-executiva de vendas de publicidade que iniciou o Projeto 333 há seis anos.
Joshua Becker - Foto: Anthony Ongaro
Joshua Becker – Foto: Anthony Ongaro
Benefícios
Desfazer-se de roupas que não são usadas com frequência pode ser muito recompensador do ponto de vista financeiro.
Carver gasta menos de US$ 1 mil por ano ( cerca de R$, 3.150) para substituir os itens já usados demais – muito menos do que os US$ 6 mil anuais que ela costumava gastar comprando roupas da moda.
“Ter menos coisas nos ajuda a parar de atribuir um significado desnecessário a nossas posses”, afirma a psicóloga americana Jennifer Baumgartner, autora do livro You Are What You Wear (“Você é o que você veste”, em tradução literal).
Como agir
O truque, segundo os especialistas, está em comprar peças que sirvam para várias ocasiões e que combinem entre si e com outros itens do armário.
“Tive que dar um up na minha roupa informal e simplificar em ocasiões mais formais”, revela Carver. Se antes ela ia trabalhar com um tailleur sob medida, hoje ela adota uma camisa mais casual com jeans e mantém o blazer do conjunto antigo.
Cores sólidas em tecidos que não amarrotam e contêm um pouco destretch funcionam melhor.
“O importante é que tudo combine entre si e tenha um caimento impecável. Assim, a pessoa sempre estará apresentável”, afirma.
Como reduzir seu  guarda-roupa:
  • Livre-se do que você não usa. Tire tudo da frente até estar pronta para dar ou descartar essas roupas.
  • Estabeleça uma quantidade. Determine o número de itens em seu armário, seja dez, 33 ou um número intermediário.
  • Estabeleça um limite de tempo. Decida por quanto tempo você vai usar as peças do ‘guarda-roupa comprimido’. De um a três meses é o ideal.
  • Selecione com cuidado. Substitua itens surrados ou manchados assim que possível.
  • Adote a regra do “entra um, sai um”. Quando comprar uma roupa nova, desfaça-se de uma velha.




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